Uso de probióticos na agricultura e o manejo sustentável das lavouras

POR: Michel Garcez, Engenheiro Agrônomo e Técnico em Meio Ambiente

Nas últimas décadas, o uso de práticas agrícolas sustentáveis tem ganhado relevância global, sendo impulsionado pela necessidade de preservar recursos naturais, reduzir impactos ambientais e garantir a segurança alimentar para uma população crescente. Nesse cenário, os probióticos surgem como uma alternativa promissora, destacando-se como aliados fundamentais na busca por um equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade. O conceito de probióticos, tradicionalmente associado à saúde humana e animal, vem sendo ampliado para incluir sua aplicação em sistemas agrícolas. Esses microrganismos, quando introduzidos no solo ou na rizosfera, exercem efeitos benéficos sobre o crescimento vegetal e a qualidade do solo. Entre os benefícios mais notáveis estão a promoção de uma nutrição mais eficiente, o controle biológico de patógenos e o aumento da tolerância das plantas a condições de estresse. Assim, seu uso representa não apenas uma inovação tecnológica, mas também uma resposta às demandas por práticas agrícolas de baixo impacto ambiental.

A aplicação de probióticos na agricultura está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, em especial os relacionados à segurança alimentar, manejo sustentável de recursos naturais e mitigação das mudanças climáticas. Ao promover práticas agrícolas regenerativas, o uso de probióticos reforça o compromisso com uma produção mais responsável e resiliente, conectando o progresso científico às necessidades globais.

O uso de probióticos na agricultura representa uma inovação com múltiplos benefícios, destacando-se pela capacidade de promover a saúde do solo e das plantas de maneira sustentável. Esses microrganismos vivos são introduzidos no ambiente agrícola com o objetivo de melhorar a microbiota do solo, favorecendo a absorção de nutrientes e fortalecendo a resistência das plantas a estresses bióticos e abióticos. Estudos demonstram que o emprego de cepas como Bacillus subtilis e Lactobacillus brevis pode melhorar significativamente os indicadores produtivos de culturas agrícolas, demonstrando a eficácia da aplicação de misturas probióticas em diferentes condições ambientais, conforme o artigo “Effect of a probiotic mixture of Bacillus subtilis 20Bp and Lactobacillus brevis 40Lp on productive and health indicators of broilers”, de 2020.

Além de melhorar a qualidade do solo, os probióticos podem atuar como substitutos aos produtos químicos convencionais, reduzindo o impacto ambiental e os riscos associados ao uso excessivo de fertilizantes e pesticidas. Ao estimular o crescimento vegetal de forma natural, os probióticos ajudam a criar sistemas agrícolas mais resilientes. Pesquisas indicam que os probióticos promovem um ambiente favorável ao desenvolvimento radicular, melhorando a estrutura do solo e a retenção de água.

Outro benefício significativo dos probióticos é o controle biológico de patógenos, que reduz a necessidade do uso de antibióticos e fungicidas no manejo agrícola. Essa prática tem se tornado essencial diante do aumento da resistência bacteriana, uma preocupação crescente tanto na saúde pública quanto na agricultura. A substituição de antibióticos por probióticos, além de ser uma estratégia eficaz, contribui para a saúde ecológica do solo, mitigando os impactos negativos do uso indiscriminado de defensivos agrícolas químicos, de acordo com o artigo “O uso de antibióticos e as resistências bacterianas: breves notas sobre a sua evolução”, de 2016.

Os probióticos também desempenham um papel crucial no fortalecimento das plantas frente a estresses ambientais, como seca, salinidade e temperaturas extremas. Estudos apontam que a introdução de microrganismos probióticos na rizosfera promove a produção de fitormônios e outras substâncias bioativas que aumentam a tolerância das plantas a condições adversas. Essa característica é especialmente importante em regiões onde os efeitos das mudanças climáticas têm comprometido a produtividade agrícola, conforme o artigo “Efectos de probióticos y ácidos orgánicos sobre parámetros de incubación y producción en gallinas reproductoras”, de 2019.

SmartSoil: potencializando os benefícios da microbiota do solo

A utilização de biofertilizantes como o SmartSoil, tem se mostrado uma solução eficiente para potencializar os benefícios da microbiota natural presente no solo. 


Desenvolvida para aumentar a atividade microbiana e melhorar a fertilidade do solo, a linha de biofertilizantes SmartSoil estimula o desenvolvimento de microrganismos benéficos para o solo e para as plantas. Esses probióticos promovem a decomposição de matéria orgânica, a liberação de nutrientes essenciais e aumentam a resistência das plantas a condições adversas, como estresses hídricos e nutricionais. 

Ao utilizar o SmartSoil no manejo agrícola, é possível maximizar o potencial produtivo das culturas de forma sustentável.

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